quinta-feira, 3 de março de 2016

Sobre o riso

Li certa vez que Friedrich Nietzsche acreditava que só os seres humanos riem porque só eles sofrem o bastante para precisar do riso como antídoto. Acordei hoje buscando o riso, o bom humor, o contraponto deste que é um dia daqueles em que o nervoso/raiva/tensão/inquietação brotam sem serem chamados (deve ser a TPM mesmo). E se servir de remédio, como explica o filósofo, eu preciso utilizar sempre esse contraveneno. Além do mais, de acordo pesquisa do neurocientista norteamericano Robert Provine, a porcentagem do riso entre os seres humanos é maior para nós: mulheres riem 126% mais que os homens. (Acho que está explicado porque estando bem ou mal eu busco o riso!).


Conhecemos um homem pelo seu riso; se na primeira vez que o encontramos ele ri de maneira agradável, o íntimo é excelente. (Fiódor Dostoiévski)

Sobre o riso há muitas falas: de que cura pessoas, nos abre a mente (rir nos torna mais criativos e, com isso, mais inteligentes), de que mata pessoas (lembrando aqui do mistério no enredo do livro e filme O Nome da Rosa de Umberto Eco), nos torna mais humanos...

Sorri
vai fingindo tua dor
pois ao ver que sorris
todo mundo irá pensar
que és feliz
(Charles Chaplin)


Meu propósito não é escrever nada científico a respeito do riso, porque minha definição sobre ele é mais leve, apenas para acalmar a alma. Mas caso queira ver outras reflexões sobre o tema leia, por exemplo, tem o texto "Os Filósofos, o Riso e a Neurociência", de João de Fernandes Teixeira.  Ali se pode ver que Kant em sua crítica da razão pura "dizia que o riso faz bem à saúde, pois massageia os intestinos e o diafragma", ou que para Platão e Aristóteles "o riso vem de certo sentimento de superioridade pelo qual expressamos nosso desprezo por aqueles que julgamos inferiores". Ou se tiver outro texto interessante que queira sugerir como leitura, deixe registrado nos comentários.

Diga-me se você ri, como ri, por que ri, de quem e do que ri, ao lado de quem e contra quem e eu te direi quem você é. (Le Goff)



Comecei com Friedrich Nietzsche  e com ele vou terminar o texto. Busquei em outros sites e encontrei o texto "Filosofia para o Dia-a-Dia: Nietzsche e o Sofrimento", do especialista em Marketing, Nicholas Fernandes Gimenes. Segundo o autor, Nietzsche mostrava que para conquistar algo que valha a pena o homem tem de fazer um grande esforço. Assim, as dificuldades devem nos ajudar a ser melhores, talvez aí esteja o sentido de se viver.


A todos com quem realmente me importo, desejo sofrimento, desolação, doença, maus-tratos, indignidades, o profundo desprezo por si, a tortura da falta de autoconfiança e a desgraça dos derrotados. (Nietzsche)

Passou por tudo isso aí? Coloca um sorriso no rosto e dê a volta por cima. Afinal, o riso ainda é o melhor remédio!

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