sexta-feira, 27 de junho de 2014

Aprendizados com Jorge Duarte

“A rotina devora a estratégia no café da manhã”

Tive a honra de participar de um curso com o jornalista e relações-públicas Jorge Duarte no ano passado. Voltei para casa com muito aprendizado novo e desafios pessoais na cabeça. Enfim, metas são sempre bem-vindas.  Hoje tomei coragem de rever meu bloco de anotações e passar o rascunho aqui para o blog. 

O treinamento “Gestão da comunicação e assessoria de imprensa”, realizado nos dias 23 e 24 de agosto de 2013, em Brasília, me deixou a herança de buscar profissionalizar cada vez mais a atuação, sermos gestores-comunicadores:
- Provocar e abrir possibilidades, discutir direcionamentos, fazer pausas para pensar o que se está fazendo.

Duarte que trabalha com comunicação organizacional desde 85, mostra que vamos sim enfrentar problemas de articulação interna, mas que também não vamos chegar a lugar nenhum dando carteiraço, dizendo que sabemos tudo.  Ele ainda enfatiza que é válida para a área de comunicação a velha máxima de que quando aprende-se as respostas, mudam as perguntas, o que ocorre especialmente ao deixar os bancos da faculdade.  Para comparar, é como se tivéssemos nos preparado para uma partida de basquete, mas as regras passam a ser de vôlei: “precisa de reposicionamento completo de você como profissional, precisa se reciclar, ler”. 

“Nossas faculdades não nos preparavam para isso. Nossas formações são de comunicação massiva, comunicação bomba atômica – para acertar muita gente. Fala na TV e Rádio para alcançar muita gente, mas a sociedade mudou”.

Fazendo um retrospecto histórico sobre a atuação das assessorias de imprensa, Jorge Duarte lembra os seguintes pontos:
- DIP (na época de Getúlio Vargas, 1939/1945): comunicação autoritária de controle
- Regime Militar até 1988 – manipulação, propaganda e controle: amam até hoje ver no jornal notícias sobre eles (os “chefes”), faz parte da nossa tradição autoritária, “militares” estão espalhados por aí
- Redemocratização  - liberdade de imprensa, Constituição de 88, valorização da cidadania, movimentos sindical e social, novo papel do Estado, direitos do consumidor, opinião pública passa a existir
- Não quero ser jornalista de estimação! – tradição brasileira do pós-ditadura
- Antes a propaganda sugeria “Mude sua poluição para Goiás” e ninguém ligava. Hoje mudou!
- Redemocratização – comunicação pública, organizações precisam se comunicar com seus públicos
- Anos 90 – entre outros, boom dos concursos (algo impensável ocorreu: jornalistas contratados  por concurso)
- Entre as mudanças de hoje estão: sociedade crítica, vigilante; terceirização; ser profissional/habilitado; foco no diálogo (antes só emitia informação, hoje dupla via, foco no receptor); intervir em estratégia (só pode fazer planejamento quando sabem o que querem); comunicação  segmentada em que o mais importante é o trabalho focado;  comunicação organizacional como força produtiva/comunicação interna; de assessor de imprensa para a comunicação de gestão de processos de comunicação (assessoria é auxiliar, dá conselhos e recomendações. Só que ninguém faz só isso, pois negociamos, representamos a instituição, levantamos valores...).

Sobre como enfrentar crises, ele deixou como sugestão o livro de Pedro Sousa, pela Universidade de Santa Catarina: Planejamento em Relações Públicas.

Para encerrar, que tal fazer um teste com essa questão da ESAF  (2009 - ANA – Jornalismo):
A respeito de técnica de assessoria de imprensa, avalie os itens abaixo e marque a opção correta.
( ) Um acordo tácito firmado pela assessoria de imprensa com jornalistas para que determinado material seja divulgado a partir de data previamente combinada é chamado de Embargo.
( ) Na divulgação de um evento, o esquema de interpretação que organiza mensagens e ocorrências com vistas à obtenção de sentido é chamado Enquadramento.
( ) O trabalho de assessores de imprensa é difundir notícias de interesse da organização em que atua. Nesse sentido, a divulgação jornalística é sua tarefa essencial.
( ) Turbinar a notícia, em assessoria de imprensa, é uma atitude considerada desonesta, já que busca enganar o jornalista.
a) V, F, V, V
b) F, V, F, F
c) V, V, F, F
d) F, V, V, F
e) V, V, F, V

RESPOSTA C

Nenhum comentário:

Postar um comentário