segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Jornalismo esportivo

Antes de mais nada, é preciso levar em conta que o jornalismo esportivo deve respeitar os mesmo limites de qualquer área de jornalismo. Conforme ensina Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo de  Lima no Manual de Radiojornalismo:

“A emoção faz com que o jornalismo esportivo esteja sempre em uma linha tênue entre a pieguice e a razão. Costuma-se dizer que não há boa cobertura esportivas sem emoção, mas o jornalista não pode se deixar levar por ela. O exagero é o passo para a desinformação”.

Os autores também fazem um alerta sobre as formas de cobertura: “As transmissões esportivas seguem o mesmo estilo há 50 anos. O modelo que os jovens narradores usam é arcaico. É preciso encontrar uma nova forma de narração que não caia no ridículo, mas sem deixar de lado a emoção, componente essencial do esporte”.

A dica básica é conhecer as regras dos esportes a serem cobertos e os regulamentos dos campeonatos. “Grandes competições, como jogos olímpicos ou campeonatos mundiais, exigem maior preparação. Além dos jornais, revistas e internet, é conveniente consultar uma bibliografia especializada”.

E já que no próximo ano o Brasil sedia sua segunda Copa Mundial de Futebol (a primeira vez que o Brasil foi sede da Copa foi em 1950, e foi uma cobertura especialmente via rádio...), e em 2016 o Rio de Janeiro recebe as Olimpíadas, porque não ver um pouco mais sobre a história dessas coberturas mundo afora? Vai que a gente também, direta ou indiretamente, nós façamos a cobertura dos torneios, pois nunca sabemos como será o dia de amanhã!

“A transmissão do mundial de futebol, em 1970, foi um marco da história da televisão brasileira. Pela primeira vez os telespectadores puderam assistir aos jogos ao vivo, transmitidos por um pool, de redes brasileiras de TV, entre elas a Globo”. 

A passagem acima está no livro JN: A notícia faz história. Continuando a leitura encontraremos que: “a notícia de que os jogos seriam exibidos ao vivo pela televisão provocou uma corrida às lojas de eletrodomésticos, que venderam milhares de televisores nos meses que antecederam à Copa”.

Isso mais me parece tradição, pois vai dizer que milhares de brasileiros também não estão comprando as novas televisões, TVs digitais como o maior número de polegadas para acompanhar os lances da “seleção canarinho”? (ah, e por falar nisso, o apelido Seleção Canarinho foi criado pelo locutor esportivo Geraldo José de Almeida).

Vale ressaltar ainda que foi na Copa de 70, no México, que o País chegou ao tricampeonato. A equipe global da época era de três profissionais: “as informações eram noticiadas em boletins diários. No JN, era exibido um bloco especial apresentado por Armando Nogueira diretamente da Cidade do México, mostrando os preparativos da Seleção Brasileira para os jogos e os principais destaques da competição”. Agora imaginem quantos profissionais só a Globo terá para cobrir os jogos de 2014?

Para finalizar: “jornalista esportivo não pode arranhar sua credibilidade mandando abraços para quem quer que seja”, é o ensinamento de Juca Kfouri.

#ficaadica

 

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