segunda-feira, 10 de junho de 2013

De corpo e alma!

Há tempos penso em escrever este post, sobre as terminologias do jornalismo que, juntas, me fazem lembrar um corpo humano. Tomei essa iniciativa agora, ao ler a seguinte descrição de cabeça no Manual de Radiojornalismo de Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo de Lima:

Cabeça de matéria é a “abertura de uma notícia ou reportagem. É o fato mais importante, destacado logo no início da informação, para prender a atenção do ouvinte. Geralmente a cabeça é lida pelo apresentador no estúdio”.

Se desejar continuar e ver o restante do corpo do texto, conhecerá um pouco mais sobre o jornalismo e suas nomenclaturas.

- Chapéu: Antetítulo  curto, sustentado por um fio.

- Cabeça: Marca no alto da página usada para definir a editoria responsável pelo trabalho.

- Bigode: Fio de ponto tipográfico que serve para marcar uma separação visual entre textos e/ou ilustrações. Sua característica é não ocupar toda a medida do material que ele separa. É centralizado nela de forma a deixar margens brancas de igual extensão nos dois lados.

- Nariz de Cera: Parágrafo introdutório em um texto que retarda a abordagem do assunto enfocado e tende à prolixidade, é considerado por muitos como desnecessário. Também pode se referir ao lide do gênero literário.

- Barriga: Matéria com informação falsa ou errada.

- Olho: Frase destacada sob o título ou no conjunto da página, entre colunas, muito utilizada em entrevistas.

- Garganta Profunda: Nome dado à época do Caso Watergate ao informante Mark Felt. Caso foi divulgado pelos repórteres Bob Woodman e Carl Bernstein.

- Dedo-duro: Leia mais.

- Tripa: Coluna prensada por anúncios ou anúncios de grande tamanho.

- Perna: Descer em duas pernas ou em duas colunas.

- Sutiã: Também chamado de linha fina, subtítulo ou linha de apoio. É uma pequena linha de texto usada sobre ou logo abaixo do título para destacar a informação da notícia.

- Cartola: Chamado também de chapéu ou antetítulo, é palavra, nome ou expressão sempre sublinhada, usado acima do título e com corpo pequeno, para caracterizar assunto ou personagem da notícia, instigando à leitura.

Por fim, temos um funeral:

- Viúva: Letra que sobra no final do texto depois de impresso. Quanto menor é a palavra, pior é o aspecto da impressão.

Como estamos ampliando nosso vocabulário jornalístico, que tal dar mais duas opções a este corpo:

- Janela: É quando se coloca uma foto menor dentro de uma foto maior para destacar detalhes da imagem. Está em desuso.

- Chapa: Material metálico usado como matriz para imprimir o jornal. É coberto por uma película fotossensível queimada com a ajuda de um fotolito, revelada e instalada nas rotativas. Sobre ela se aplica tinta para impressão. Usa-se uma chapa para cada uma das cores básicas: cyan, magenta, amarela e preta.

E já que o exame é completo, encontramos ainda entre os nossos jargões:

- Mancha gráfica: Espaço delimitado de impressão dentro de uma página em que a tinta cai sobre o papel. Fora desses limites, nada pode ser impresso e nenhum elemento pode ultrapassar. Quando ultrapassa, a impressão é sangrada.

Depois disso tudo, deu fome?

- Pastel: Mistura de textos ou legendas em uma página/erro.

Ficou bonito?

- Espelho: Previsão do que vai ser publicado em uma página, com os anúncios ou delimitações do departamento comercial.

Moro numa cidade quente, portanto, me desculpem, mas sempre é bom ter mais um:

- Chapéu: Palavra-chave colocada acima do título. Vem sendo substituída por selos, por serem melhor elaborados. Graficamente atraem mais a leitura. Os chapéus são sempre acima dos títulos, já os selos podem ser colocados em qualquer parte no alto da reportagem, mas normalmente são publicados junto ao primeiro parágrafo.

Faltou alguma parte? Caso se lembre, só comentar abaixo.

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