quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Escrever...


“Não quero um aluno copista, quero um sujeito do discurso próprio. Aprender a escrever é dar voz ao sujeito para que ele possa usar aquilo de modo criativo.”
Silvia Colello (USP)

“Ler significa ver o mundo pelos olhos dos outros. Escrever significa expressar a própria identidade. QUERER QUE TODO MUNDO ESCREVA E SE COMUNIQUE É QUE É REVOLUCIONÁRIO”.

Elvira Souza Lima (antropóloga e neurocientista)


Tirei as declarações acima de uma matéria que discutia uma nova forma proposta para a educação dos Estados Unidos, e que de certa maneira movimentou o Brasil: escolas encerrarem o ensino da letra cursiva.

Eu, jornalista que adoro um bloquinho de anotações, não imagino como poderia ser possível abandonar de vez a prática da escrita a mão. Por mais que a tecnologia esteja à nossa porta!

Meu método de aprendizagem envolve todos os estímulos, especialmente os visuais, auditivos e táteis. Tenho que escrever enquanto ouço e vejo o professor/palestrante. Acredito que dessa forma “sinto”, talvez “toque” o conhecimento/entendimento/memória.

Não tenho letra bonita e nunca tive, apesar dos vários cadernos de caligrafia que preenchi no primário. Se bem que, no jornalismo, o importante (na maioria das vezes) é a velocidade desta escrita. Quem sabe é, por isso, que gosto de escrever aqui neste meu blog, porque pensando rápido para anotar, quase conseguimos acompanhar o pensamento por meio da escrita. Eu digo que a letra de repórter tem perfil próprio, diferenciada da de médico!

Agora, sobre escrever somente com o auxílio de uma máquina que não o lápis ou caneta, realmente me preocupo com a nova geração que virá. Eu escrevi primeiro em casa e agora estou digitando minhas anotações. Isso aconteceu dia 02/12/12, se tivesse que aguardar ter um computador para fazer esta postagem, talvez já tivesse esquecido o tema.

O pensamento teria vindo e partido, sem ficar registrado.

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