sábado, 30 de junho de 2012

Como fazer assessoria de imprensa

Terminei de ler o livro Assessoria de Imprensa – Como fazer, de Rivaldo Chinem. Fiz algumas anotações que deixarei aqui, caso queiram me ajudar a comentar, o espaço é livre para interações.

“Não é possível ser jornalista sem entender a sociedade.”
I. F. Stone

Quem trabalha em assessoria faz a ponte entre o jornalista e a fonte, pois “não está a serviço da imprensa mas faz o contato a partir da empresa e se relaciona permanentemente com ela”.

Passamos do período em que veículos tradicionais eram os grandes empregadores, atualmente empresas, sindicatos, clubes, associações de classe, entidades científicas, religiosas ou culturais abrem vagas para jornalistas. Afinal, esta é a era da comunicação total, que “consiste no uso combinado de todas as formas de comunicação para atingir alvos determinados.”

“Quem trabalha com comunicação sabe que informação tem uma função social, não deve ser apenas um negócio. Como toda função social, a informação não deve ficar sujeita ao arbítrio de quem a opera, porque a transformação da informação outorga poder, e toda a sociedade está vigilante e organiza-se para que esse poder seja totalmente exercído”.

Como diz Alberto Dines, “a comunicação faz parte da condição humana” e talvez seja por isso que a notícia não tenha preço, diferente da publicidade. Sendo que “ambos têm interesses distintos”, apesar de trabalharem com o mesmo produto: comunicação e marketing.

“O bom assessor deve contribuir para que a informação possa chegar ao público, seja ela boa ou desfavorável para a corporação ou entidade que representa”.

Para finalizar, como enfatiza Chinem, é nosso dever enquanto assessores nos preocuparmos em informar corretamente o público, sempre!

Acredito que isso seja o básico da nossa função.

domingo, 24 de junho de 2012

Movimento sindical e comunicação

Tenho tido pouco tempo para alimentar meu blog. Como estou participando da greve dos Institutos Federais de Educação, a minha dedicação a estudar e a escrever anda dispersa. Confesso.

Na noite passada saí para dançar e ouvi uma música que há muito não ouvia, do Biquini Cavadão:

Os que me conhecem há mais tempo sabem que sempre fico do lado das ditas “minorias” e agora participo em outra instância, sou do movimento sindical - e aqui em baixo as leis também nos são diferentes, necessitando reivindicar para sermos ouvidos. Mesmo porque, no meu caso concordo com I. F. Stone, “não é possível ser jornalista sem se entender a sociedade”.

Vivemos a maior greve de professores do ensino superior dos últimos tempos. O Andes que os representa parou no último dia 17 de maio. A Fasubra dos técnicos das universidades federais parou em 11 de junho e o Sinasefe dos institutos federais dois dias depois.

Para dar visibilidade à paralisação e às dificuldades enfrentadas no campo da educação, muito se utiliza de técnicas comunicativas. Na seção sindical de Porto Velho, por exemplo, existe blog, facebook e twitter, além de panfletagem, uso de e-mails e os eventuais contatos com a imprensa local. Tudo para manter sociedade, servidores e alunos informados, contribuindo para pressionar o governo a atender as demandas das entidades nas mesas de negociação.

Disso, voltei no tempo e fiquei pensando na época quando os trabalhadores tinham pouco acesso aos meios de comunicação mais massivos. O Estado de Rondônia vive o ano do centenário da EFMM (Estrada de Ferro Madeira-Mamoré), em que mais de 22 mil trabalhadores vieram para esta região amazônica construir os trilhos da “ferrovia do diabo”. Em números oficiais mais de 1,5 mil trabalhadores morreram em função de doenças tropicais e condições de trabalho (mas na contagem que leva em consideração do trajeto ao retorno deles, a conta passa de seis mil pessoas mortas).

Outro nome que leva a EFMM é Estrada dos Trilhos de Ouro, pois cada dormente representa uma vida. No Cemitério da Candelária, onde muitos foram enterrados, há uma frase de Fernando Pessoa:

“O esforço é grande
O homem é pequeno
A alma é divina e
A obra imperfeita”

É por estes e outros acontecimentos que acredito na luta da classe trabalhadora, devendo se utilizar sim das armas da comunicação, de nunca desistir de buscar dignidade e melhores condições de trabalho, seja em que setor for, afinal, tudo vale a pena se a alma não for pequena!

sábado, 23 de junho de 2012

Sonhos

Há tempos vinha guardando impressões – encontradas entre uma leitura e outra – para escrever sobre os sonhos: parar de sonhar, significa para mim, parar de viver!!! Mas perdi várias anotações e recuperei a intenção de fazer este postagem após ler a Revista Sexto Sentido Especial Sonhos (2011). (Ah, e também porque hoje meu filho disse que a avó iria vender sonhos – os doces.Eu pedi a ele que comprasse o sonho mais bonito!!! Será que podemos comprá-los também!?! Lógico que aos que se referem este texto de hoje, não.)

Dormimos cerca de um terço da nossa vida, período em que o corpo e a mente podem repousar. Para alguns é momento de se “armar” para o combate do outro dia. Estudos feitos com ratos mostram que quando são privados durante dias do sono REM (em que os sonhos acontecem) e expostos a situações comuns de perigo, eles ficam desorientados e falham na busca de abrigos.

Somos assim também, precisamos desse tempo criativo, quantos já não aproveitaram para estudar enquanto dormem (com áudios ligados) ou utilizaram ideias e percepções obtidas dos sonhos no dia a dia? Paul McCarthey criou a música Yesterday a partir de um sonho inspirador.

Já dizia o poeta:
“Sonho que se sonha só
É só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto é realidade”

Prelúdio - Raul Seixas


Contando sobre os sonhos na história da humanidade, a Sexto Sentido traz que “de maneira geral as antigas civilizações consideravam os sonhos como mensagens dos deuses e os usavam como formas de conselhos, para resolver problemas ou até para curar doenças”.

Enfim, não importa qual crença a seguir. O importante é sonhar, se puder, realizando-os!

Segundo conta a lenda indígena norte-americana, dormir acompanhado de um filtro de sonhos ajuda a conduzir até nós os bons sonhos e a prender os maus, até o nascer do sol, dissipando energias negativas a cada amanhecer.
   

sábado, 9 de junho de 2012

Agora sim: fechando o meu maio



Havia preparado este texto para ser lançado no último dia 31, fechando o meu mês de maio. Já que tive problemas com computador e internet, segue agora, nove dias depois!!!

Para uma geminiana como eu, o mês de maio é muito simbólico, porque além de tudo é mês das mães, mês de Maria, em que me lembro de diversas mulheres e lutadoras do povo, e ainda é o aniversário de vários amigos e familiares.

Pensando em comemorar o encerramento de mais um maio em minha vida por que não me juntar à Articulação Mulher e Mídia e mostrar como na verdade somos “vendidas” pelos meios de comunicação. Podemos sim falar em comércio de uma imagem distorcida nossa, afinal, o que se divulga é um modelo padrão de beleza e de valores.

“Desde as mobilização do 08 de Março de 2007, diversas entidades feministas vem debatendo e atuando em torno de uma ação estratégica pela visibilidade da mulher na mídia. De diversas iniciativas que vão de Seminários, Audiências Públicas com emissoras de TV e ações na Justiça nasceu a Articulação Mulher e Mídia, que reúne entidades do movimento de mulheres de todo o estado de São Paulo”, explica o site do Intervozes sobre o surgimento da Articulação Mulher Mídia, que reúne homens e mulheres.

Hoje em dia dá até para dizer que nos mulheres temos um valor de mercado. Basta olhar as capas de revista em qualquer banca, parar e zapear os canais de tv... bom, já pode-se definir a linha que se segue.

Com certeza não valoriza mulheres negras, pobres, acima do peso, lésbicas...

Porém, quem esta do outro lado da telinha não aceita essa padronização de modo pacifico. A pesquisa “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Públicos e  Privados“ (2010 – Perseu Abramo/SESC-SP) mostrou que não nos vemos representadas, não aceitamos esses estereótipos. Divulgada pelo Especial Mídia da Revista Caros Amigos, mostra que das 2.365 entrevistadas em 25 estados brasileiros, 80% consideraram negativa a forma como é exposto o corpo feminino e 51% julgam que tal exposição desvaloriza todas as mulheres.

Para ajudar a denunciar o fato e também colocar a boca no trombone solicitando maior controle social sobre formas como esta de utilização das concessões que são publicas, fica aqui mais uma voz em denúncia a tais atos antidemocráticos.