domingo, 18 de dezembro de 2011

Fonte primária x secundária

Em jornalismo sempre podemos obter mais informações para cobrir/planejar pautas consultando uma fonte. Jargão este que passou a ser um utilizado mesmo fora da profissão. No dicionário on-line Priberam existem oito diferentes classificações para a palavra, que vão de nascente de água, cada um dos lados da região temporal entre os olhos e as orelhas, a origem, causa, princípio, procedência e texto de bom autor. Além da classificação “fonte limpa”, em que se diz daquela de “origem insuspeita (do que se diz ou se deseja saber)”.

Bom... no trabalho jornalístico é melhor não acreditar na existência de um tipo de fonte pura. É até questão de ética manter um distanciamento de quem está passando todos os tipos de informação, checar sempre e confrontar dados, para evitar barrigadas.

Percorrendo a web, encontrei um texto de Aldo Antonio Schmitz que explica:

“Fontes são aqueles que têm algo a dizer e informar, os produtores das ações sociais – dos atos e falas noticiáveis”, interpreta Manuel Carlos Chaparro (1996: 148), afirmando que elas “são a base essencial da ação jornalística… Sem elas, não há notícia nem noticiário”.

E esta também, definição do próprio autor:

“Fontes de notícias são pessoas, organizações, grupos sociais ou referências; envolvidas direta ou indiretamente a fatos e eventos; que agem de forma proativa, ativa, passiva ou reativa; sendo confiáveis, credíveis ou duvidosas; de quem os jornalistas obtêm informações de modo explícito ou confidencial para transmitir ao público, por meio de uma mídia”.

Encontraremos ainda que há uma divisão entre os tipos de fonte. Segundo a Wikipédia: "Em biblioteconomia, historiografia e outras áreas de pesquisa, uma fonte secundária é um documento ou gravação que relaciona ou discute informações originalmente apresentadas em outros lugares. O conceito de fonte secundária se contrasta com o de fonte primária, que é uma fonte original da informação a ser discutida. Fontes secundárias envolvem generalizações, análises, sínteses, interpretações, ou avaliações da informação original".

Mas em jornalismo, o que diferencia os tipos de fonte de informação? Mais uma vez vamos recorrer a questões de concurso:

“Em uma notícia sobre eleições municipais, um cientista político convidado para analisar as propostas eleitorais dos principais candidatos, é considerado uma fonte...”

“Secundária”, é a resposta correta, pois o envolvimento do entrevistado é indireto. A fonte primária, no caso, seriam os próprios candidatos.

Conforme explica o professor Aldo Schmitz, a fonte primária “é aquela que fornece diretamente a essência de uma matéria jornalística, por estar próxima ou na origem da informação. Geralmente revela dados em primeira mão, que podem ser confrontados com depoimentos e análises de fontes secundárias". Em confronto com a secundária, que “é o tipo de fonte que contextualiza, interpreta, analisa, comenta ou complementa a matéria jornalística, produzida a partir de uma fonte primária. Igualmente, é com quem o repórter “repercute” os desdobramentos de uma notícia (suíte). Também é consultada na preparação de uma pauta”.

No ano passado também fiz um primeiro post sobre o assunto, confira aqui.

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