domingo, 17 de abril de 2011

Imprensa, assessoria e outros temas
Parte 3/3


Presença forte, segura e simpática é o que deve nortear o comportamento do assessorado diante das câmeras de TV. Vale para outras mídias, mas a televisão realmente requer mais “preparo”, pois funciona com um “raio X do entrevistado” diante dos telespectadores.

Finalizando a leitura do livro de Regina Villela: Quem tem medo da imprensa? (Editora Campus 1998), estudaremos algumas ações indicadas para as pessoas que irão conceder entrevistas.

“Quanto ao comportamento diante da câmera, procure sempre dividir sua atenção entre o equipamento e o repórter”, apesar da TV Globo tentar manter como padrão apenas olhar para o repórter, na verdade existem dois interlocutores, aí incluído o público que o assiste (na verdade, esta é uma questão que pode ficar a critério do entrevistado, o que não pode é ficar olhando robotizado para a câmera, seja natural).

Busque ser conciso, “dar repostas coerente e compactas” (em TV, realmente, tempo é dinheiro), “lembre-se de que as reportagens são enxutas, têm no mínimo 40 segundos e no máximo um minuto e meio”.

Outra recomendação é o uso de terno e gravata, ou “se a entrevista é num local aberto ou mesmo num ambiente informal, fique em mangas de camisa ou use uma roupa mais leve, adequada, mas evite cores berrantes, estampados, xadrez, pied-de-poule ou listrazinhas”. No caso das mulheres, a autora sugere “tons suaves, padronagens lisas e linhas clássicas”, maquiagem em tonalidades leves e acessórios discretos, além de evitar as roupas sem mangas (ou mesmo as muito decotadas, que também aumentarão o ar de intimidade, contradizendo a imagem de formador de opinião que deve ser passada). Para ambos, não custa verificar no espelho se o cabelo está arrumado e, se for entrevista de estúdio, evitar roupas azuis.

Regina Villela traz ainda outras regras para um bom desempenho na TV (a exemplo de usar palavras simples, demonstrar confiança e credibilidade, não balançar o corpo enquanto fala, estar atendo às perguntas do repórter e sentir-se à vontade), além de comentar sobre atitudes que podem derrubar a pessoa (falar uma linguagem extremamente técnica e rebuscada, ser redundante, usar chavões, ser irônico, ser autoritário, usar demasiadamente as “muletas”: “é”, “ah”, “ô”, entre outros).

Antes de fechar este post, gostaria de lembrar ao leitor que a autora lançou recentemente uma versão mais atualizada do livro Quem tem medo da imprensa? Acaso alguém tenha as novas sugestões, deixe comentários no espaço abaixo.

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