sábado, 16 de abril de 2011

Imprensa, assessoria e outros temas
Parte 2


Trabalhar do outro lado do “balcão” é também entender as funções básicas de um jornalista de redação. Em assessoria estamos sempre atendendo aos pedidos de informações pela imprensa em geral. Com isso, torna-se imprescindível conhecer o trabalho de coleta de dados para melhor orientar nosso assessorado.

Continuando a leitura do livro Quem tem medo da imprensa? – de Regina Villela (Editora Campus 1998) – cheguei à seção “Ele pergunta, você responde”. Segundo a autora, existem seis tipos de entrevista: noticiosa, opinião, perfil, enquete, exclusiva e coletiva.

O ponto que mais me interessa é a maneira que o entrevistado atenderá à imprensa. Essa é, a meu ver, uma das maiores orientações a serem passadas via assessoria. Trabalho com a premissa de que o mais importante é a verdade. Já estudei muitos casos de omissão ou de tentativa de tentar se esquivar do assunto que acabaram marcando ainda mais negativamente a imagem da instituição/pessoa.

Ao assessorado procuro explicar que ele deve se pronunciar sempre que for convidado pela imprensa, dessa forma manteremos um bom relacionamento com os vários veículos, pois conforme o livro: “manter um rodízio é uma forma de não marginalizar nenhum jornalista, jornal ou noticiário”. Na instituição em que trabalho, apresentei em 2011 uma proposta para que aperfeiçoemos nossa comunicação por meio de um curso de Media Training. Espero que realmente entre na programação do ano.

“Não é necessário perder a calma por causa de uma entrevista. Mantenha sempre o controle, mesmo que o assunto seja polêmico. A mídia adora controvérsias e conflitos. Por isso, é compreensível que você se sinta inseguro diante de jornalistas, mas é preciso encarar esse tipo de coisa com normalidade, sem se apavorar”, ensina Regina Villela.

A autora traz alguns mandamentos sobre como devemos agir ao ser fonte de notícias: alimentar a mídia com novidades de interesse público, mantenha os canais de comunicação abertos a consulta de forma a conquistar um espaço para o futuro, prefira sempre manter contato com os responsáveis diretos pela pauta e pela chefia e não evite a imprensa - mesmo que tenha se tornado notícia involuntariamente -, nem chame os jornalistas à toa. Muito menos tente impedir a veiculação de notícias, use relises com parcimônia, sem misturar publicidade com jornalismo.

Outra dica é respeitar os horários da imprensa, sendo pontual ao marcar entrevistas, e lembre-se “ninguém é perfeito, por que você seria uma exceção? O trabalho da imprensa também é imperfeito”. Por último, diga a verdade, “mantenha silêncio sobre informações confidenciais, mas não minta”.

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