quinta-feira, 4 de novembro de 2010

De novo, o jornal


Resgatando um pouco da história, pesquisei sobre a imprensa moderna. Conforme Jésus Barbosa de Souza, em “Meios de Comunicação de Massa – Jornal, televisão, Rádio” (Scipione, 1996), essa nasceu com a criação da tipografia. Foi a partir de Gutenberg que surge o que hoje é a grande indústria gráfica...

“A composição de caracteres móveis prensados com tinta sobre papel” só surgiu por volta de 1450. Marco esse que possibilitou ter atualmente máquinas que duplicam a escrita em número cada vez mais ágil. Pode parecer fácil hoje, mas que digam os escribas antigamente, fazer um livro era mais que artesanal!!! E como estava restrito o conhecimento!

As princípio o novo meio de comunicação facilitou o contato entre as “metrópoles europeias e o ultramar”, no século XVI.

“Em 1642, recém-saído do jugo espanhol, D. João VI proibia a circulação das gazetas gerais, ‘em virtude do mau estilo de todas elas e em razão da pouca verdade’”. E se naquela época em Portugal a imprensa viveu sob forte censura, imagina no Brasil-Colônia. Aqui só foi autorizada a primeira atividade tipográfica a partir de 1800 e bolinhas, com a chegada da família real... (e mesmo assim, o controle era grande).

Nesta passagem de Jésus Barbosa se pode visualizar m dos porquês do controle: “O jornal sempre esteve cerceado pela censura, por se entender que a notícia divulgada logo seria dominada por todos e por se temer a influência do jornalismo na opinião pública”.

Caso fosse apenas cerceamento da informação, se daria até um jeito... mas cada vez mais vejo é que está tudo dominado, mesmo!!! Pois, o povo não tem informação e não pode avançar em direitos. Nisso vai cada vez mais crescendo as dificuldades da falta de formação...

Para fechar, entre os textos que fazem parte do livro editado pela UnB, “Jornal – Da Forma ao Sentido: Quem fala por trás do jornal e em seu nome”, consta uma passagem em que mostra o jornal como uma membrana viva, um verdadeiro campo de atividade “um real já domesticado”, porque a mídia não está face a face com o real do mundo. Se bem que esse será tema de um próximo post.

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